Idoso é condenado a 13 anos de prisão por estupro de 9 crianças em comunidade indígena de Roraima

Vítimas eram meninas entre 5 e 9 anos e contaram para os pais, que comunicaram ao líder da comunidade indígena. Ele foi condenado a reclusão em regime fechado com o agravante da continuidade delitiva. Prisão ocorreu nesta sexta-feira (17)
PCRR/Divulgação
Um idoso de 63 anos foi condenado nesta segunda-feira (8) a 13 anos de prisão por estuprar nove crianças de com idades entre 5 e 9 anos, na Comunidade Indígena da Anta, Região do Taiano, no Alto Alegre, Norte de Roraima.
O idoso foi preso em fevereiro deste ano após o Conselho Tutelar receber os relatos das vítimas, acompanhadas de seus pais, responsáveis e lideranças indígenas da comunidade, sendo comunicado ao delegado titular de Alto Alegre.
Elas relataram que o idoso oferecia doces e “era sempre gentil” com elas até que pudesse levá-las para algum lugar isolado onde cometia os abusos. Ele também se aproveitava do fato de sua esposa trabalhar em uma escola infantil para assediar as crianças no local.
À época, foram identificadas seis vítimas. Com a continuidade das investigações e a conclusão do caso na Polícia Civil, o delegado Wesley Oliveira informou que foram identificadas mais três crianças, vítimas do idoso.
O suspeito exigia a elas que não contassem a ninguém, pois “poderiam ter problemas”. Por isso, foi solicitada a prisão preventiva do suspeito. Ele foi condenado a reclusão em regime fechado com o agravante da continuidade delitiva, e sendo nove vítimas, o que aumentou sua pena.
Segundo a Polícia Civil, a juíza Sissi Marlene Dietrich Schwantes não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade, por ser ele diretamente inserido no ambiente de convívio das vítimas, o que, além de provocar mais sofrimento e problemas psicológicos, deixaria transparecer a impunidade, principalmente para a comunidade.
Também foi determinado que o condenado seja submetido à identificação do seu perfil genético, mediante a extração do DNA, realizado pelo Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida da Polícia Civil.
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