Fabrício Freitas de Almeida, de 44 anos deve atender a medidas cautelares e usar tornozeleira eletrônica. Juíza justificou decisão por ele ser réu primário. Neurocirurgião Fabrício Freitas de Almeida, de 44 anos, com a roupa usada por presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo
Reprodução/Hora 1/Rede Globo
A Justiça concedeu nesta terça-feira (25) liberdade ao médico neurocirurgião Fabrício Freitas de Almeida, de 44 anos, réu por agredir e tentar estrangular a própria esposa, uma fisioterapeuta, de 34 anos na frente dos filhos em Boa Vista.
A decisão foi assinada pela juíza Lana Leitão Martins, da 1ª Vara Criminal Do Tribunal Do Júri e da Justiça. De acordo com o documento, a decisão se dá por Fabrício ser réu primário e não ter precedentes nos Juizados de Violência Doméstica.
O g1 procurou a defesa do médico e questionou se havia o interesse em se posicionar, mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem.
Fabrício de Almeida foi preso na madrugada do dia 27 de novembro, um sábado, em Boa Vista. As agressões ocorreram no bairro Caçari, na zona Leste da capital, quando o casal chegou em casa, após passar a noite fora.
Médico agarra esposa pelos cabelos e a arrasta na rua
A juíza levou em consideração que Fabrício tem “bons antecedentes, tem profissão e condições financeiras de residir em outra residência que não a da vítima e dos filhos”. Por isso, ela entendeu ser cabível a substituição da restrição da liberdade pelas medidas cautelares.
Entre os limites, o réu está proibido de se ausentar de Boa Vista, por prazo superior a 15 dias, sem prévia autorização, de frequentar bares, festas, casas noturnas e locais de prostituição, de ingerir bebidas alcoólicas e deve obedecer o recolhimento noturno de até as 22h, salvo se estiver trabalhando.
Ele também deve comparecer à Vara para assinar a frequência. Fabrício também está proibido de:
De manter contato com a vítima ou seus familiares, por qualquer meio: pessoal, por mídias sócias, ligação telefônica, mensagens, de maneira direta ou indireta, com exceção do contato através dos advogados que representam as partes;
De se aproximar da vítima e de seus familiares, mantendo uma distância de no mínimo 300 metros;
De frequentar os lugares de trabalho da Vítima.
Ele também deve:
Frequentar o “Curso Reflexivo para Autores de Violência Doméstica” da Coordenaria de Violência Doméstica desta Comarca; bem como comprovação através de laudos bimestrais de acompanhamento psicológico e psiquiátrico;
Usar a tornozeleira de monitoramento eletrônico.
Caso descumpra as medidas cautelares, Fabrício deve voltar para o regime fechado.
Entenda o caso
As agressões ocorrem na madrugada do dia 26 de novembro, no bairro Caçari, zona Leste de Boa Vista. A Polícia Militar foi acionada por volta de 5h40 para atender a ocorrência. No local, prenderam o médico.
Na delegacia, a vítima contou à delegada que saiu com o marido, foram a um bar e depois retornaram para casa. Ela afirmou que as agressões ocorreram na frente dos filhos e, por temer pela própria vida, pediu medidas protetivas para ela e as crianças.
Médico Fabrício Freitas de Almeida, de 44 anos, puxando os cabelos da esposa
Arquivo Pessoal
Além disso, a vítima entregou à Polícia Civil vídeos que registraram as agressões. Ela disse ainda que o médico não faz tratamento psiquiátrico, não tem depressão e nem toma remédio controlado.
Já o médico alegou, em depoimento, que só se lembrava de ter saído para jantar com a esposa, ter ido a uma boate, depois um bar, onde, antes de entrar tomou um remédio. Depois disso, segundo ele, não se lembrava mais de nada, só de estar sendo conduzido pela Polícia Militar para a delegacia.
Fabrício prestou depoimento acompanhado de advogados. A delegada informou à Justiça o relato da vítima e solicitou medida protetiva para ela.
Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.
Médico neurocirurgião réu por tentar matar estrangulada esposa na frente dos filhos é solto em RR
Adicionar aos favoritos o Link permanente.