Tomando posse como presidente, Trump já tratou de assinar um decreto concedendo perdão aos invasores do Capitólio em 2020, algo bombástico, porém esperado.
Mais extrema foi a sua decisão de retirar os EUA do Acordo de Paris e anunciar investimento nos combustíveis fósseis. De novo: extremo mas dentro do previsto. O que esperar de alguém que, como o presidente norte-americano, considera o aquecimento global “uma tapeação”?
Trump ainda anunciou o fim de qualquer envolvimento ou financiamento dos EUA à OMS (Organização Mundial da Saúde). A entidade foi central na luta contra a pandemia da covid-19 e é responsável pelo desenvolvimento de programas de combate a doenças pelo mundo.
Tendo prometido, no passado, construir um muro na fronteira México-EUA — e mandar a conta aos mexicanos — Trump agora segue esse caminho e declara emergência nacional na fronteira com o México. Ele prometeu ainda enviar tropas para reforçar a segurança e reinstaurar a política que obriga solicitantes de asilo a aguardarem o final do processo em território mexicano.
E o novo presidente ainda se envolveu no rumoroso caso do banimento do TikTok de terras norte americanas. Trump suspendeu a proibição do TikTok nos EUA, mas concedeu um prazo de 75 dias para que a ByteDance, empresa controladora chinesa, encontrasse um comprador americano.
Uma nova era surge ou só aspectos pontuais? Um pouco de cada. Inaugurar uma nova era depende menos da vontade de quem a propõe do que das circunstâncias postas. Se a economia for bem, Trump terá uma espécie de “carta branca” da população. Se for mal neste campo, toda a sua retórica pode sofrer um grande revés também.