O Instituto Nacional de Câncer (INCA) reforçou, em seu mais recente posicionamento, a relevância da atividade física na prevenção, controle e recuperação do câncer. Segundo o INCA, a prática regular de exercícios é uma estratégia eficaz para reduzir o risco de vários tipos de câncer, incluindo os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto.
Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o instituto destaca que os exercícios também são benéficos para a saúde mental e coletiva, contribuindo para o bem-estar, qualidade de vida e socialização.
Prevenção, tratamento e recuperação
De acordo com o INCA, a atividade física não apenas ajuda na prevenção, mas desempenha um papel importante no tratamento e recuperação dos pacientes oncológicos. O instituto ressalta que exercícios pré-operatórios podem reduzir complicações e o tempo de internação, especialmente em pacientes com câncer de pulmão. Além disso, o INCA afirma que a prática regular melhora a aptidão cardiorrespiratória, o estado psicossocial, o sono e reduz a fadiga, evitando o comprometimento funcional.
Impacto econômico e desigualdades
O INCA estima que a inatividade física tem um custo elevado para o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2018, R$ 94,7 milhões dos gastos federais com atenção oncológica foram atribuídos à inatividade física, valor que pode chegar a R$ 146,9 milhões em 2030, se nada for feito. Segundo o instituto, uma redução de 10% na prevalência do sedentarismo poderia economizar R$ 20,4 milhões até 2040.
Apesar dos benefícios amplamente reconhecidos, o INCA aponta que persistem desigualdades no acesso à atividade física. O instituto destaca que mulheres, idosos, pessoas negras e com menor escolaridade são os mais prejudicados. Apenas 40% da população adulta brasileira é considerada fisicamente ativa, enquanto 37% são insuficientemente ativos.
Políticas públicas e promoção de saúde
O INCA defende que políticas públicas incentivem a prática de atividades físicas como parte integrante do cuidado com a saúde. Segundo o instituto, a criação de ambientes que favoreçam o exercício físico e a promoção de práticas corporais no SUS são medidas essenciais para melhorar a saúde da população e reduzir os custos associados às doenças crônicas, incluindo o câncer.
O INCA destaca a necessidade de desmistificar a ideia de que o repouso é a melhor opção para pacientes oncológicos, incentivando a prática segura e orientada de atividades físicas como parte do tratamento.
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