Programa “Viver Sem Limites” já atendeu mais de 55 crianças na atual gestão Jerimar é uma das 55 crianças que teve sua vida transformada após receber, gratuitamente, o aparelho auditivo.
Andrezza Mariot.
O programa “Viver Sem Limites”, implementado pela Prefeitura de Boa Vista, foi criado para melhorar o desempenho escolar e proporcionar qualidade de vida a crianças com deficiência auditiva. Após acompanhamento com o otorrinolaringologista, no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), 55 pacientes de 2 a 14 anos já receberam aparelhos auditivos, ganhando a oportunidade de ouvir os sons emitidos pelo mundo.
Após sofrer um acidente, aos dois anos de idade, a pequena Jerimar Naar perdeu parte da audição. Hoje, aos nove anos, a menina recebeu o aparelho auditivo da prefeitura e passa por adaptação com o dispositivo, acompanhada por fonoaudiólogo e fisioterapeuta, além de um médico otorrinolaringologista.
Há quase um mês usando o dispositivo, a vida da pequena mudou completamente, desde algo simples, como assistir televisão em alto volume, à socialização com os amigos. Com lágrimas nos olhos, Paola Gonzalez, mãe da beneficiária, relembra a primeira vez que a filha colocou o aparelho e ouviu com nitidez.
“No momento em que a médica colocou o aparelho e perguntou se ela estava ouvindo, a minha filha teve uma crise de choro e eu também chorei junto. O meu maior sonho era que a Jerimar ouvisse. O único sentimento que eu consigo ter é de gratidão à prefeitura”, declarou.
Feliz com essa conquista, a mãe de Jerimar, Paola Gonzalez, tem ensinado à filha as primeiras palavras.
Andrezza Mariot.
Anseio pelos sons
Emocionada, a jovem mãe afirma que nunca imaginou que conseguiria ver a filha usando um aparelho moderno como este, devido ao alto custo do dispositivo e os pais não terem condições financeiras para proporcionar essa experiência à criança. Agora, toda a família segue empenhada em ensinar novas palavras para Jerimar, que anseia ouvir o que o mundo tem a dizer.
“Sabe aquela fase em que os pais começam a ensinar as palavras aos filhos? Estamos vivendo isso com a nossa filha, agora. Se depender dela, ela toma banho e dorme com o aparelho e não tira nunca mais do ouvido. O pai da Jerimar e eu explicamos que tem momentos que ela deve tirar para não danificá-lo”, relatou.
Jerimar passará a ser atendida no Centro Municipal de Educação Especial (CMIEE) para desenvolver suas habilidades auditivas.
PMBV.
Novas habilidades
Como um bebê que inicia a pronúncia dos primeiros vocábulos, Jerimar começou a aprender palavras como “mamãe”, “papai”, “avó” e “irmão”. Nesta fase de desenvolvimento de uma nova habilidade cognitiva, a pequena beneficiária vai iniciar acompanhamento no Centro Municipal Integrado de Educação Especial (CMIEE), que funciona por meio de encaminhamento de crianças feito pelas escolas.
A unidade atende outras deficiências e pacientes com autismo. Conta com uma equipe multidisciplinar de pedagogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos.
Jerimar teve uma melhora considerável no rendimento escolar após o uso do dispositivo.
Andrezza Mariot.
Rendimento escolar
Como aluna da rede municipal de ensino, Jerimar tem atendimento educacional especializado para garantir acessibilidade e plena participação nas atividades pedagógicas. Ela estuda em uma das escolas polo da Educação Bilíngue para surdos, a Escola Municipal Newton Tavares. Agora, a adaptação com o dispositivo e o auxílio da linguagem de sinais têm contribuído para melhorar o rendimento escolar da jovem estudante.
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