Com a morte da menina de 7 anos no Parima, chegou a 15 o número de mortos dentro da reserva desde o início da operação de desintrusão em 2023. Criança é morta e outros cinco indígenas ficam feridos em ataque a tiros na Terra Yanomami
A Polícia Federal está investigando um ataque a tiros que matou uma criança e feriu outros cinco indígenas no Território Yanomami, em Roraima.
Militares protegem a área de pouso do helicóptero da Força Aérea. A FAB foi ao Território Yanomami resgatar os indígenas feridos no ataque a tiros na comunidade Parima.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, os feridos são um líder indígena, de 48 anos, uma mulher, de 24, a filha dela, de 12 anos, e duas meninas, de 15 e 9 anos. Eles foram levados para Boa Vista e encaminhados as unidades de referência para atendimento.
Uma menina de sete anos morreu no ataque. O corpo dela caiu no rio. O Conselho Distrital de Saúde Yanomami e Ye’kuana solicitou ajuda dos bombeiros para fazer as buscas pelo corpo.
O Ministério dos Povos Indígenas afirmou que já mobilizou agentes da Polícia Federal, servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, da Força Nacional e militares das Forças Armadas para reforçar a segurança no local dos ataques.
“Fatos como esse mostram o quanto o garimpo ilegal provoca um desequilíbrio social e a destruição do meio ambiente dentro do território. O Ministério dos Povos Indígenas segue comprometido em continuar com as ações para devolver a paz, a tranquilidade e a segurança para o povo Yanomami”, afirma a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Agentes da Polícia Federal já estão na comunidade Parima, dentro da reserva, apurando as circunstâncias do ataque. Por enquanto, os agressores não foram identificados.
Não é o primeiro ataque aos indígenas Yanomami em 2023. Em abril, um indígena foi morto e outros dois baleados por garimpeiros ilegais na comunidade Uxiú. Em maio, garimpeiros furaram o bloqueio fluvial no Rio Uraricoera, na comunidade Palimiú, onde um posto de fiscalização tenta impedir o avanço de invasores. Os bandidos atiraram contra as embarcações dos agentes da Força Nacional.
Com a morte da criança Yanomami no Parima, chegou a 15 o número de mortos dentro da reserva desde o início da operação de desintrusão em fevereiro deste ano.
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