Eu, a refém

Faixa de GazaMenahem Kahana

“Quem salva uma vida, salva o mundo” – Talmud

Depois de 15 meses encontrei um papel e um pedaço de carvão. E para meu espanto, hoje, a guarda e os 5 carcereiros que ficavam conosco desde o início fizeram vista grossa. Serei breve. Dentro deste túnel não sinto mais nada. Isso é, eu aprendi a não sentir nada. Imagino o que falam de mim e dos meus irmãos e irmãs presos neste subsolo do mundo. Mesmo que eu fosse um exímia narradora — seria inútil tentar explicar o que é que vivemos desde que fomos arrancados de casa no dia 07 de outubro. Qualquer descrição seria insuficiente.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.