Biden comemora cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza

Joe Biden discursando na Casa BrancaReprodução/Casa Branca

Após Israel e Hamas anunciarem cessar-fogo na faixa de Gaza nesta quarta-feira (15), Joe Biden lançou um comunicado e fez um discurso em coletiva de emprega. O presidente dos EUA, país apoiador de Israel, diz estar feliz com o resultado.

As negociações do cessar-fogo ocorrem há meses, e em maio de 2024 os EUA apresentaram uma proposta de negociação para Israel, e diversos desses pontos entraram no acordo. 

Biden comemora cessar-fogo

Biden, em discurso na Casa Branca, relembrou a morte dos líderes do Hamas e falou sobre o Irã estar “mais fraco do que nunca,” e acrescentou: “Não havia outra forma dessa guerra acabar […] Estou muito feliz que esse dia chegou, pelo bem do povo de Israel e pelas famílias vivendo em agonia.”

“[Estou feliz] pelos inocentes em Gaza que sofreram danos terríveis por conta da guerra. O povo palestino passou por um inferno. Muitos inocentes morreram, muitas comunidades foram destruídas. Com esse acordo, os palestinos […] poderão retornar a seus bairros em todo o território de Gaza.”

Guerra entre Israel e Hamas

Existem cerca de 100 israelenses em estado de refém do Hamas desde o ataque de 7 de outubro de 2023. Como represália, Israel atacou Gaza e deixou cerca de 48 mil mortos. 

Posse de Trump

Biden está passando pelos últimos dias com presidente dos EUA. Trump, eleito em 2024, assumirá a Casa Branca na segunda-feira (20). Sobre isso, o atual presidente comentou: 

“O acordo [de cessar-fogo] foi desenvolvido sob a minha administração, mas seus termos serão implantados pela equipe de Trump”, disse Biden. “Nos últimos dias, a minha equipe e a de Trump têm conversado como se fossem um único time.”

Veja a íntegra do comunicado de Biden abaixo:

“Hoje, após muitos meses de diplomacia intensiva pelos Estados Unidos, juntamente com Egito e Catar, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns. Este acordo encerrará os combates em Gaza, proporcionará a tão necessária assistência humanitária aos civis palestinos e reunirá os reféns com suas famílias, após mais de 15 meses de cativeiro.

Eu apresentei os contornos precisos deste plano em 31 de maio de 2024, após o qual ele foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU. Ele é resultado não apenas da extrema pressão sobre o Hamas e da mudança na equação regional após o cessar-fogo no Líbano e o enfraquecimento do Irã — mas também de uma diplomacia americana persistente e meticulosa. Minha diplomacia nunca cessou em seus esforços para concretizar isso.

Mesmo enquanto celebramos esta notícia, lembramos todas as famílias cujos entes queridos foram mortos no ataque do Hamas em 7 de outubro, e as muitas pessoas inocentes que perderam a vida na guerra que se seguiu. Já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construir a paz e a segurança começar. Também penso nas famílias americanas, três das quais ainda têm reféns vivos em Gaza e quatro aguardam a devolução dos restos mortais de seus entes queridos após o que tem sido o pior dos horrores imagináveis. Com este acordo, estamos determinados a trazer todos eles para casa.”

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