A ministra da Saúde, Nísia Trindade, iniciou, na manhã desta segunda-feira (13), a quinta visita a Roraima. Em Boa Vista para avaliar a saúde indígena na Terra Yanomami, ela destacou a evolução da assistência à população da etnia no Estado, com ênfase na saúde indígena e na redução do garimpo ilegal na região.
“Melhorou, mas tem que melhorar muito mais e só vai melhorar se nós agirmos em conjunto e onde tivemos problema iremos apontar”, afirmou Nísia durante reunião na Casa de Governo.
O encontro também contou com autoridades como a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, o diretor da Casa de Governo, Nilson Tubino, o secretário nacional de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, o novo coordenador do Dsei-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami), Maurício Ye’kwana, e políticos locais como o governador Antonio Denarium (Progressistas).
Redução da mortalidade
A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, infectologista Alda Maria da Cruz, destacou, por exemplo, o aumento da testagem de malária no território, de 78,7 mil no primeiro semestre de 2023 para 136,2 mil no mesmo período de 2024.
Além disso, destacou a redução de 27% do número geral de óbitos no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram 155 entre janeiro e junho passados (sendo nove por malária), diante dos 213 óbitos (14 por malária) no mesmo semestre de 2023.
“Do ponto de vista dos dados de saúde, tivemos melhora expressiva. Tivemos a reabertura de sete polos de saúde graças a essa desintrusão. Com isso, temos 37 polos de saúde indígena em funcionamento hoje. Esses polos atendem cinco mil indígenas que estavam desassistidos”, enfatizou Nísia Trindade.
Queda do garimpo
Por sua vez, o diretor da Casa de Governo, Nilson Tubino, afirmou que o desafio agora é impedir o retorno do garimpo à Terra Indígena Yanomami, causa apontada para a desassistência aos indígenas, e destacou que o território não tem alerta para abertura de novos garimpos desde setembro e que, em dezembro, o governo federal alcançou o percentual de 92% das áreas de mineração ilegal desativadas.
Sonia Guajajara relembrou que a declaração de emergência na Terra Yanomami vai completar dois anos e que o território não está mais nesta condição. Ela garantiu que o governo federal continuará atuando na região, com o fortalecimento da saúde indígena, o combate ao garimpo e a reestruturação do território. “Vamos continuar trabalhando este ano e ano que vem trabalhando seriamente para fortalecer cada vez mais”, declarou.
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