Os testes para avaliar o possível retorno do fornecimento de energia pela hidrelétrica de Guri, na Venezuela, para Roraima seguirão até a próxima quinta-feira (16). A operação, conduzida pela Bolt Energy, começou na manhã de ontem (13) com a importação inicial de 10 megawatts (MW).
De acordo com informações obtidas pela Folha, o objetivo principal dos testes é medir a estabilidade e a qualidade do fornecimento de energia venezuelana, além de avaliar os impactos no sistema elétrico de Roraima. Durante o processo, falhas ou interrupções serão monitoradas. Conforme informações obtidas, ao menos uma interrupção foi registrada cerca de sete horas após o início da operação.
Após a conclusão da análise, os resultados determinarão a viabilidade de um contrato comercial definitivo com o país vizinho. Caso seja aprovado, o fornecimento poderá ser ampliado para até 15 MW, em caráter permanente, complementando a geração térmica que atualmente abastece o estado.
Integração ao sistema local
A energia importada da Venezuela será utilizada para reforçar o sistema elétrico de Roraima, que desde 2019 opera exclusivamente com geração térmica, após a interrupção do fornecimento venezuelano. Atualmente, o controle de frequência e a estabilidade da rede são garantidos pelas usinas térmicas Monte Cristo e Jaguatirica II.
Pela proposta em avaliação, a integração do fornecimento venezuelano terá como base simulações realizadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Essas simulações indicam que, mesmo em caso de novas interrupções no fornecimento da Venezuela, o sistema local não enfrentará apagões. A energia térmica continuará sendo a base para manter a segurança e a estabilidade da rede, funcionando como uma reserva operativa para eventuais emergências.
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