Comitiva do governo federal inclui as ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do Meio Ambiente, Marina Silva e da Saúde, Nísia Trindade. Elas devem sobrevoar comunidade onde ataque a tiros aconteceu e indígenas feridos, nesta segunda-feira (1°). Ministras chegam a Roraima.
Reprodução/Instagram/minpovosindigenas
Uma comitiva com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, desembarcou em Roraima na tarde desta segunda-feira (1º) para acompanhar a situação da crise Yanomami, depois que um ataque a tiros na Terra Yanomami deixou um morto e dois feridos.
As ministras chegaram em Boa Vista por volta das 13h e foram recebidas pelo governador do estado, Antonio Denarium (PP). A ministra da Saúde deve ir ao Hospital Geral de Roraima (HGR), onde os feridos estão internados. Marina Silva e Sônia Guajajara vão sobrevoar a comunidade Uxiu, onde o ataque aconteceu, e outras comunidades da região.
Pela tarde, a comitiva deve conceder uma coletiva de imprensa na Base Aérea, em Boa Vista. O Secretário Nacional de Segurança Pública, Francisco Tadeu e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, também integram a comitiva interministerial.
Ministra da Saúde Nísia Trindade em visita ao Hospital Geral de Roraima, onde indígenas feridos estão internados.
Luciano Abreu/Rede Amazônica
O ataque a tiros ocorreu na comunidade Uxiu, que fica na Terra Yanomami, na tarde de sábado (29). O Ministério dos Povos Indígenas afirma que garimpeiros foram os responsáveis pelo ato criminoso.
Três indígenas foram baleados – um deles, alvejado na cabeça, morreu no Centro de Referência em Saúde de Surucucu na madrugada de domingo (30), após sofrer três paradas cardíacas. Identificado como Ilson Xiriana, a vítima tinha 36 anos e atuava como agente indígena de saúde (AIS).
Os outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, foram atingidos no abdômen e encaminhados para o Hospital Geral de Roraima, na capital. Segundo o governo do estado, eles passaram por cirurgia, possuem estado estável e estão internados na unidade de saúde.
No domingo (30), a Polícia Federal enviou agentes para investigarem o ataque. O grupo chegou ao local do conflito com apoio da Força Aérea Brasileira e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Segundo a PF, o intuito é “investigar o ocorrido e interromper eventuais agressões que ainda estivessem em andamento.”
Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que “outras diligências seguem em andamento para a identificar, localizar e prender os autores dos crimes, enquanto as ações de desintrusão dos invasores das terras indígenas continuam no âmbito da Operação Libertação”.
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami é alvo frequente de garimpeiros que exploram a floresta amazônica, causam conflitos armados e são os responsáveis pela grave crise humanitária que assola o território. Atualmente, o governo federal atua para levar saúde aos dezenas de indígenas doentes e também com ações de repressão que buscar tirar os garimpeiros da região.
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