Novas prisões aconteceram na região de Rangel, dentro do território indígena. Operação de desintrusão também destruiu três embarcações, seis motores e uma motobomba. Com nova ação, prisões de garimpeiros ilegais chegou a 47 em uma semana.
Divulgação/Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte
Mais 13 garimpeiros ilegais foram presos nessa quinta-feira (20) na Terra Indígena Yanomami, durante a operação Ágata Fronteira Norte, que envolve as Forças Armadas, a Polícia Federal e o Ibama. Com as novas prisões, o número de invasores presos chegou a 47 em uma semana.
As novas prisões aconteceram na região do garimpo conhecido como Rangel. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pela assessoria da operação.
Durante a ação, foram destruídos três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento. A operação é coordenada pelo Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte, das Forças Armadas, com participação da PF e Ibama.
Os invasores foram transportados para Boa Vista e conduzidos pela Polícia Federal até a superintendência da instituição.
Com o resultado da operação, as Forças Armadas e as agências efetuaram a prisão e a desintrusão de 47 garimpeiros nos últimos 10 dias. Na madrugada dessa quinta, cinco garimpeiros já haviam sido presos após tentar furar o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial (PBCFlu) no rio Uraricoera, em Palimiú, que controla a entrada e a saída das embarcações. Um deles ficou ferido no ombro.
Um dia antes, na quarta-feira (19), 13 garimpeiros foram presos na região de Homoxi, dentro do território indígena. No dia 12 de julho, onze garimpeiros ilegais foram presos na mesma operação, que segue no território.
Garimpeiros presos na operação foram transportados para Boa Vista.
Divulgação/Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte
Terra Yanomami
Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.
Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
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Mais garimpeiros são presos na Terra Yanomami e número de prisões chega a 47 em uma semana
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