Simone Denarium foi eleita com 17 votos. Os outros sete votos foram distribuídos entre o deputado Jorge Everton (União) e o reitor da Universidade Estadual de Roraima, Regys Freitas. Esposa do governador Simone Denarium foi eleita pela Assembleia Legislativa de Roraima
Reprodução/Instagram/Simone Denarium
Os deputados da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) aprovaram, nesta segunda-feira (22), o nome de Simone Denarium, esposa do governador Antonio Denarium (PP), para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR). A aprovação deve ser publicada no Diário Oficial do Legislativo.
Dos 24 parlamentares presentes, 17 votaram a favor de Simone – a votação foi secreta.
Os outros votos foram distribuídos entre o deputado Jorge Everton (União), que teve quatro votos, e o reitor da Universidade Estadual de Roraima, Regys Freitas, com três votos. A advogada Maria da Glória de Souza Lima não teve votos. Não houve abstenção. O deputado Coronel Chagas (PRTB) desistiu de concorrer minutos antes da votação.
Simone Denarium acompanhou a votação no plenário da Casa. Após ser a escolhida, comemorou e recebeu os parabéns. O marido, Denarium, não estava na sessão.
Simone Soares de Souza, ou Simone Denarium, 49 anos, é bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Roraima, com pós-graduação em Auditoria Pública pela Faculdade Atual da Amazônia. Nos últimos quatro anos, Simone foi secretária em três pastas do governo e atua com pautas voltadas a benefícios sociais para pessoas em vulnerabilidade no estado.
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Antes da votação, os candidatos foram sabatinados pela Comissão Especial Externa nessa quinta-feira (18). A Comissão é formada pelo deputado Soldado Sampaio (Republicanos), presidente, e pelos deputados Renato Silva (Pros), Isamar Júnior (PSC), Marcos Jorge (Republicanos) e Odilon (Podemos), membros.
A sabatina não foi transmitida ou aberta ao público, mas a sessão de votação foi transmitida pela Ale-RR no canal oficial do Youtube. Ao g1, a Casa comunicou que a etapa seria restrita aos deputados da Comissão e aos parlamentares que tenham interesse em participar, sem direito a voto.
Concorreram ao cargo os candidatos: deputado estadual Jorge Everton (União), Regys Freitas, reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e a advogada Maria da Glória de Souza Lima.
O cargo de conselheiro do TCE é vitalício e tem salário de R$ 35.462,22. O cargo vago era do conselheiro Henrique Manoel Fernandes Machado, que foi aposentado.
Para ser aprovado para o cargo, o candidato deve obedecer a alguns requisitos, como ter nacionalidade brasileira, ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade, idoneidade moral e reputação ilibada. Além de possuir notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública e ter mais de 10 anos de exercício de função ou efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados.
Caso semelhante no país
O jornal O Globo mostrou que, dos atuais 232 conselheiros dos tribunais de conta, 30% são parentes de políticos. Ainda de acordo com a reportagem, 80% chegaram a esses órgãos indicada por aliados após fazer carreira em cargos políticos.
No Piauí, uma das conselheiras do Tribunal de Contas do Estado é Rejane Dias, ex-primeira dama. Rejane é casada com Wellington Dias (PT), que governou o Piauí até março de 2022 e hoje é ministro do Desenvolvimento Social.
Em março deste ano, os deputados estaduais do Pará aprovaram o nome de Daniela Barbalho, esposa do governador Helder Barbalho (MDB) para o mesmo cargo.
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