Trump barra auxílios financeiros e oposição afirma quebra de lei

Presidente Trump quer garantir que auxílios governamentais estejam de acordo com ideais governamentais deleJIM WATSON

Donald Trump ordenou que todas as secretarias e agências federais dos Estados Unidos congelem parte dos gastos com “assistência.” O objetivo do presidente dos EUA é revisar todos os repasses para garantir que estejam de acordo com “leis e prioridades” do atual governo.

Um documento obtido para AFP mostrou que os gastos são relacionados a atividades de apoio do Estado, e todos passarão por “análise completa” antes de serem liberados. “Esta pausa temporária dará tempo à administração para revisar os programas e determinar o melhor uso dos fundos para as iniciativas que sejam consistentes com a lei e as prioridades do Presidente”, diz trecho do documento.

Interrupção

Antes da análise, não é possível dizer com certeza quais programas de repasse serão cortados, mas a AFP citou que, entre eles, estão:

  • Governo locais;
  • áreas de educação;
  • empréstimos para empresas;
  • programas de transição energética;
  • repasses para áreas vítimas de desastres naturais.

Promessa de Trump

Uma das promessas de Trump durante a corrida presidencial de 2025 foi justamente diminuir as taxas de juros para os cidadãos, e para isso, quer enxugar setores e gastos governamentais. Para isso, pretende revisitar e ver o que faz sentido: 

Um memorando publicado nesta segunda-feira (27) pelo diretor interino do Escritório de Orçamento (OMB), Matthew Vaeth, diz que o governo Trump quer “eliminar o peso financeiro da inflação sobre os cidadãos, acabar com as políticas ‘woke’ [progressistas] e a instrumentalização do Estado”.

O diretor ainda afirmou que o governo de Joe Biden gastou, em 2024, R$ 3 trilhões de um orçamento de R$ 10 trilhões em assistências financeiras, empréstimos e doações (o Escritório de Orçamento do Congresso [CBO] do país, órgão não partidário, diz que o orçamento real do governo foi US$ 6,75 trilhões).

Constituição deixa Trump fazer isso?

Partidos opositores acusaram Trump de “desobedecer a lei” ao mandar reter fundos e repasses para assistência. 

De acordo com a Constituição dos EUA, o orçamento é poder do Congresso, que não autorizou o congelamento. Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado, disse em entrevista coletiva que a ação é ilegal e inconstitucional, além de ser “uma facada no coração das famílias americanas.”

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