Exército afirma ter dado prejuízo bilionário ao crime na Amazônia em 2024

O Comando Militar da Amazônia (CMA) revelou, na última quarta-feira (22), os resultados das operações realizadas pelo Exército Brasileiro em 2024 na Amazônia Ocidental. O balanço inclui ações de segurança territorial, combate a crimes transfronteiriços e ambientais, além de iniciativas humanitárias e sociais, que impactaram diretamente a população local e os povos originários.

De acordo com o CMA, cerca de 1.420 militares foram empregados diariamente em mais de 35 operações por dia. Entre os destaques, a Operação Roraima reforçou a defesa da fronteira norte, contando com novos armamentos de tecnologia nacional, como o míssil anticarro 1.2 MAX, além de veículos blindados modernos.

Combate ao crime e proteção ambiental

A faixa de fronteira foi cenário de 587 reconhecimentos e 50 grandes operações interagências, que resultaram em apreensões significativas: 6.000 m³ de madeira, 178 kg de cocaína, 4 toneladas de pasta base e 3 toneladas de skunk, gerando prejuízo de R$ 1,5 bilhão às organizações criminosas. Na Terra Indígena Yanomami, operações como a Catrimani II promoveram ações repressivas e humanitárias, levando à destruição de 419 acampamentos de garimpo, 51 pistas de pouso ilegais e à apreensão de 133 toneladas de cassiterita. Houve uma redução de 91% na área de garimpo ativo desde março.

Apoio humanitário e infraestrutura

As operações também responderam a desastres naturais. Durante a estiagem, 159 horas de voo foram empregadas para distribuir água, alimentos e kits de tratamento a famílias afetadas. Já nas enchentes no Acre, 37 mil pessoas foram assistidas, incluindo comunidades indígenas.

O CMA também investiu na construção e manutenção de infraestruturas, como a pavimentação de rodovias e readequação de aeródromos, gerando R$ 497 milhões em investimentos e empregos.

Saúde e inclusão dos povos originários

O CMA garantiu assistência médica a mais de 69 mil indígenas e 50 mil amazônidas em 2024, por meio de ações cívico-sociais e do Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira. Cerca de 10% do efetivo do CMA é composto por indígenas, oriundos de 47 etnias.

O General Costa Neves, comandante do CMA, reforçou que “a defesa da Amazônia vai além de operações militares, sendo essencial o fortalecimento das instituições, o fomento à ciência e a presença do Estado”. Em 2024, o CMA estreitou laços com instituições acadêmicas e industriais, inaugurando o Instituto de Pesquisa do Exército na Amazônia (IPEAM), em Manaus, para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à região.

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