Seis ônibus da empresa roraimense Amatur Turismo foram incendiados na madrugada desta quarta-feira, 15, no bairro Aeroclube, em Porto Velho, onde também existe uma filial. O atentado é mais um dos diversos ataques que estão ocorrendo em Rondônia, devido uma “guerra” entre o Comando Vermelho e a segurança pública do estado.
Os criminosos invadiram o pátio da empresa pelos fundos, momento em que lançaram coquetéis molotov contra um dos veículos estacionados. As chamas se espalharam rapidamente, chegando a consumir seis ônibus da empresa, que foram comprados recentemente.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou o incêndio. Nenhuma vítima foi constatada.
À FolhaBV, o empresário Remidio Monai, dono da Amatur, lamentou os ataques.
“A gente investe em ônibus, pagamos os maiores impostos do mundo, rodamos nas piores estradas do mundo e somos surpreendidos com essa ação lamentável que desestimula quem tenta fazer um trabalho correto. É lamentável”, relatou Remídio.
A Polícia Militar chegou a realizar buscas na região e a área está isolada para as investigações.
“Guerra” entre facção e a Segurança Pública de Rondônia
Desde segunda-feira, 13, diversos ataques estão ocorrendo em Rondônia, devido uma “guerra” entre o Comando Vermelho e a Polícia Militar do estado. Entre os ataques, diversos ônibus do transporte público de Porto Velho e empresas privadas foram incendiados.
Nesta terça-feira, 14, a Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran), junto com a Companhia de Ônibus Municipal (COM), informaram que o transporte coletivo da capital está totalmente paralisado. Os veículos chegaram a rodar durante a manhã, mas os motoristas ficaram com medo os recolheram para a garagem.
Os ataques são retaliações às operações contra crimes no residencial Orgulho do Madeira, em Porto Velho, a área é dominada pela facção. Um dos chefes do grupo foi morto pela polícia em uma das ações realizadas nos últimos meses.
No último domingo, 12, o cabo da PM, Fábio Martins, morreu com seis tiros na cabeça dentro do mesmo residencial, onde morava. A polícia confirmou que o assassinato foi uma retaliação às ações policiais.
A morte de Fábio desencadeou uma megaoperação no residencial, que iniciou nesta segunda-feira, 13. Diversas prisões foram feitas e uma pessoa, de identidade não revelada pela polícia, morreu durante confrontos.
Os ataques aos ônibus na capital ocorreram logo após a megaoperação ao residencial. Outros veículos no município de Candeias do Jamari também foram incendiados durante a noite do mesmo dia.
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