Clandestinos chamam atenção para falta de fiscalização e conscientização de passageiros

Colisão frontal envolvendo transporte pirata e táxi intermunicipal, em Pacaraima, deixou dois mortos na BR-174 (Imagem: Reprodução)

O acidente com duas mortes na manhã de quarta-feira, no trecho norte da BR-174, no Município de Pacaraima, entre um táxi intermunicipal e outro veículo que fazia transporte pirata de passageiros, chama atenção para a necessidade de se intensificar a fiscalização de transporte de passageiros dos municípios para a Capital, e vice-versa.

Quem transita regularmente nas rodovias federais sabe da existência de vários carros de passeio que se aventuram na pirataria, transportando passageiros clandestinamente em trechos intermunicipais. Evidentemente que são cidadãos querendo garantir o sustento de suas famílias, no entanto, o transporte clandestino implica em altos riscos de acidente, como o que ocorreu em Pacaraima.

A denúncia de que um táxi pirata colidiu de frente com um táxi intermunicipal devidamente identificado foi feito pelos próprios taxistas em vídeos gravados no local do acidente e compartilhados nas redes sociais e grupos de mensagens instantâneas, chamando a atenção para o problema que precisa de maior atenção por parte das autoridades.

Além da fiscalização, é necessário que haja uma campanha de conscientização para que os usuários do transporte de passageiros entendam quais os riscos de pegar um transporte clandestino. Um pirata geralmente opta por sempre estar apressado, ou seja, correndo mais, para fugir da fiscalização e tentar fazer o maior número de viagens possíveis, o que só aumentam os riscos devido ao cansaço a que o condutor é submetido.

Há situações em que os transportadores piratas atuam sem a documentação necessária e os equipamentos de segurança, bem como não dispõem de preparo necessário para transportar passageiros em rodovias, onde o tráfego ocorre em uma velocidade maior e os veículos precisam estar equipados e constantemente revisados para evitar acidentes por falhas mecânicas e humanas.

Na colisão frontal no acidente em Pacaraima, as imagens mostram claramente uma imprudência do condutor pirata, o que poderia ter gerado uma tragédia muito maior se o outro veículo fosse uma carreta, por exemplo, que normalmente trafegam pela BR-174 transportando cargas. Daí a necessidade de fiscalização para combater a clandestinidade e conscientizar os passageiros.

Obviamente que não são apenas os clandestinos que precisam ser fiscalizados. É comum notar, nas rodovias federais, especialmente na BR-174, táxis e vans intermunicipais dirigindo em alta velocidade e fazendo manobras arriscadas em ultrapassagens. E isso precisa também ser coibido, pois acidentes são recorrentes envolvendo esses tipos veículos.

Com a melhoria da malha asfáltica do trecho norte da BR-174, com o fim da buraqueira que era responsável por também provocar graves acidentes, as altas velocidades praticadas por condutores tornou-se um grande problema, o qual é reforçado pela atuação de taxis piratas. O momento exige fiscalização e conscientização para evitar novas tragédias anunciadas.

*Colunista

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