Irmã afirma que Leandro Costa de Souza, de 40 anos, fazia rota do acidente havia 11 anos. Acidente aéreo matou 14 pessoas em Barcelos, no Amazonas. Piloto Leandro Costa de Souza, de 40 anos, foi uma das 14 vítimas do acidente aéreo em Barcelos, no Amazonas
Leidiana Nobles/Arquivo pessoal
O piloto Leandro Costa de Souza, de 40 anos, uma das 14 vítimas do acidente aéreo no Amazonas, era natural de Boa Vista, capital de Roraima, apaixonado por aviação e pescaria. Comandante Leandro Sousa, como era conhecido, deixou esposa, uma filha de 5 anos, os pais e uma irmã.
“Ele era extremamente responsável, cauteloso em tudo que fazia e extremamente ligado a família”, disse ao g1 a irmã do piloto, a médica Leidiana Nobles.
O avião caiu na tarde desse sábado (16) no município de Barcelos, interior do Amazonas. A bordo estavam turistas brasileiros que praticavam pesca esportiva. Eles iriam pescar no Rio Negro.
Oficialmente, a Segurança Pública do Amazonas informou que os corpos ainda vão passar por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Manaus para identificação técnica. No entanto, o g1 teve acesso à lista de passageiros da empresa ManausAerotáxi e conversou com familiares e amigos de algumas das vítimas que estavam no avião.
Uma dessa familiares é a médica Leidiana Nobles. Ela viajou de Boa Vista para Manaus para resolver o trâmite de liberação do corpo do irmão. O velório de Leandro deve ocorrer na capital roraimense nesta segunda-feira (18) na Organização Social de Luto – o horário ainda não foi definido.
Leidiana foi uma das últimas pessoas com quem ele falou antes de decolar de Manaus com destino a Barcelos, onde ocorreu o acidente. “Ontem antes da decolagem ele mandou áudio para mim, dizendo que que estava pronto para decolar. A rota do acidente ele já fazia há 11 anos”, disse.
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De luto pela perda, a médica agora guarda as lembranças do irmão, principalmente por ele ser muito ligado à família. Ela disse que Leandro costumava passar férias em Boa Vista – a última vez que esteve na cidade foi em maio, quando passou um mês.
“Um amante da pesca esportiva, que era um outro hobby que ele tinha além da aviação. Mesmo morando em Manaus desde sua formação de piloto, todos os anos ele frequentava a casa dos pais em Boa Vista. Inclusive, em maio, passou um mês de férias com a família, na casa dos pais”, relembrou.
Segundo a irmã, Leandro Sousa iniciou a carreira no extinto aeroclube de Boa Vista, onde no ano 2000 concluiu a primeira etapa do curso de piloto privado. Depois, seguiu para São Paulo para estudar e sete anos depois, em 2007, se formou piloto comercial. Desde então, morava em Manaus. Ele trabalhava na ManausAerotáxi havia quatro anos.
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Arte g1
O acidente
O avião do acidente era um Embraer EMB-110 “Bandeirante” , com capacidade de até 18 passageiros, da empresa ManausAerotáxi. Ele decolou de Manaus com destino a Barcelos. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave era “regular”.
Ainda não se sabe quais foram as causas do acidente. O mau tempo da região pode ter contribuído para o acidente. Segundo a Defesa Civil, chovia forte no momento da queda. Duas aeronaves que iriam pousar na pista de Barcelos antes do voo que acidentou cancelaram a aterrissagem por questões de segurança.
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O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Coronel Vinícius Almeida, disse que, embora ainda não se tenha dados conclusivos sobre o que teria acontecido, segundo relatos de moradores, “a aeronave chegou a aterrissar, mas não teve pista suficiente para frear”.
Os corpos foram levados para um ginásio da cidade e foram “devidamente acondicionados”, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Eles serão levados para o IML de Manaus para a realização de perícia. Um avião da FAB seguirá para Barcelos para a realização da perícia neste domingo (17).
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que foi acionada para investigar as causas do acidente.
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