Prisão ocorreu na comunidade de Palimiú. Garimpeiro foi encontrado durante uma patrulha de rotina da Operação Ágata Fronteira Norte. Prisão ocorreu em Palimiú, na Terra Yanomami
Operação Ágata Fronteira Norte/Divulgação
Um garimpeiro, de 42 anos, foi preso pelas Forças Armadas na comunidade de Palimiú, na Terra Indígena Yanomami, com 1,5 kg de cassiterita, uma televisão e outros itens. Ele foi transportado para Boa Vista nessa terça-feira (22).
A prisão ocorreu em uma ação coordenada com Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na última segunda-feira (21). Ele foi encontrado durante uma patrulha de rotina no âmbito da Operação Ágata Fronteira Norte
Na ocasião, a equipe de militares foi guiada por um servidor da Funai a uma barraca e apreendeu diversos materiais que estruturavam o local. Junto com ele também foi apreendido uma balança de grande porte, motosserras, motores de popa, uma balança de precisão, uma TV, além de mantimentos e combustível.
O suspeito não reagiu e se entregou sem resistência. Ele foi transportado para Boa Vista por uma aeronave das Forças Armadas e encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal.
A repressão aos crimes transfronteiriços e ambientais integra uma das frentes da Operação Ágata Fronteira Norte, que é um trabalho coordenado entre as Forças Armadas, Órgãos de Segurança Pública e Agências.
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Terra Yanomami
Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.
Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
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