Indígena ferido em ataque de garimpeiros à comunidade na Terra Yanomami morre após quatro meses internado

Ele estava sob cuidados paliativos no Hospital Geral de Roraima (HGR). Ataque ocorreu em abril deste ano e à época um indígena Yanomami, de 36 anos, morreu ao ser baleado na cabeça. Indígenas são baleados em comunidade Yanomami
Um dos indígenas feridos durante um ataque a tiros de garimpeiros na comunidade Uxiu, na Terra Indígena Yanomami, morreu neste domingo (20), após quatro meses internado, segundo a Texoli Associação Indígena Ninam. O ataque ocorreu em abril deste ano e à época um indígena, de 36 anos, morreu ao ser baleado na cabeça e outros dois ficaram feridos.
Na última sexta-feira (18), a associação comunicou que o indígena estava sob cuidados paliativos no Hospital Geral de Roraima (HGR) depois de ter passado por alguns procedimentos cirúrgicos sem sucesso.
Ele estava internado desde o dia 29 de abril e estava com diversas perfurações no intestino causadas pelos tiros, o que causou uma infecção.
“Diante do exposto, tememos que casos como esse sigam acontecendo e sendo esquecidos, a dor do povo Ninam é muito grande, mais um parente e jovem que perdemos. Tememos que seja só mais um”, finalizou a Associação.
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O ataque à comunidade Uxiu foi no dia 29 de abril. Garimpeiros ilegais armados abriram fogo contra os indígenas da comunidade. Um deles chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu numa unidade saúde. Os outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, foram atingidos no abdômen e foram removidos do território a Boa Vista.
No início deste mês, a Polícia Federal prendeu um suspeito de atirar contra os indígenas. Contra o suspeito havia um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Roraima e ele era considerado foragido. A prisão da PF teve o apoio da Polícia Militar.
No dia, os relatos eram de que os garimpeiros chegaram à comunidade Uxiu e abriram fogo – alguns estavam encapuzados.
Na época, duas equipes da PF, com apoio da Força Aérea Brasileira e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas foram até a comunidade, onde investigadores identificaram dois suspeitos – entre eles, o preso no último dia 5 deste mês.
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