Mais nove garimpeiros se entregam às Forças Armadas e são presos na Terra Yanomami


Garimpeiros se apresentaram no Posto de Controle e Interdição Fluvial na região de Palimiú. Grupo deve ser transportado para Boa Vista neste domingo (30). Garimpeiros se apresentaram no Posto de Controle e Interdição Fluvial, na Terra Yanomami.
Divulgação/Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte
Mais nove garimpeiros ilegais foram presos depois se entregarem aos militares da operação Ágata Fronteira Norte, que envolve as Forças Armadas e a Polícia Federal, na Terra Indígena Yanomami. Os invasores, sete homens e duas mulheres, foram presos nesse sábado (29), na região de Palimiú, em Roraima.
De acordo com as Forças Armadas, a intermediação foi feita por dois advogados que procuraram o Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte e propuseram a entrega.
Os garimpeiros se apresentaram no Posto de Controle e Interdição Fluvial em Palimiú, que controla a entrada e a saída das embarcações. A região é a mesma onde cinco garimpeiros foram presos após um ataque à base de fiscalização, no último dia 20. Um deles ficou ferido no ombro.
Os garimpeiros devem ser transportados para a Base Aérea de Boa Vista neste domingo (30), dependendo das condições meteorológicas. Na capital, eles serão levados até a superintendência da PF para prestar depoimento.
A operação Ágata Fronteira Norte é uma operação interagências coordenada entre Órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas.
Garimpeiros chegaram ao posto de fiscalização em uma embarcação.
Divulgação/Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte
LEIA TAMBÉM:
Forças Armadas destroem pista de pouso clandestina na Terra Indígena Yanomami
Garimpeiros atacam a tiros militares das Forças Armadas na Terra Indígena Yanomami
Terra Yanomami
Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.
Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.