Governo de Roraima mantém ensino militar em escolas que não integram programa encerrado pelo Ministério da Educação


Apenas uma escola em Roraima fazia parte do Pecin – nela, o ensino cívico-militar segue até o fim deste ano. Em contrapartida, estado têm outras 34 unidades com ensino militarizado que fazem parte de um programa na gestão de Antonio Denarium (PP). Governo de Roraima mantém escolas cívico-militares.
Divulgação/Secom-RR/Arquivo
O governo afirmou, nessa quarta-feira (12), que vai manter as 33 escolas cívico-militares de Roraima. Isso porque todas fazem parte de um programa estadual. A mudança do governo federal, que encerra o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), afeta apenas uma escola — nela, o programa será encerrado até o fim do ano.
Roraima tem 33 Colégios Estaduais Militarizados e um Colégio Militar Estadual, que não compõem o programa do Ministério da Educação (MEC). Segundo o governo estadual, eles permanecerão no mesmo formato, “não havendo quaisquer alterações” (veja abaixo).
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seed), apenas a Escola Fagundes Varela, localizada no bairro Nova Cidade, zona Oeste de Boa Vista, integra o programa federal.
A Seed já havia renovado o acordo de cooperação técnica referente a este modelo de escola e, por isso, a secretaria afirma que a instituição “permanecerá neste formato até o final do ano”. Depois disso, o governo estuda se vai adapta-la ao ensino tradicional ou a incluir no programa militarizado estadual.
Escolas militarizadas estaduais
Dos 34 colégios com ensino militar de Roraima, 21 ficam na capital Boa Vista e 13 estão distribuídas no interior do estado. São elas:
Profª Elza Breves de Carvalho – Boa Vista
Dr. Luiz Rittler Brito de Lucena – Boa Vista
Irmã Maria Teresa Parodi – Boa Vista
Prof° Jaceguai Reis Cunha – Boa Vista
Luiz Ribeiro de Lima – Boa Vista
Profª Maria de Lourdes Neves – Boa Vista
Profª Maria dos Prazeres Mota – Boa Vista
Profª Maria Nilce Macedo Brandão – Boa Vista
Pedro Elias Albuquerque Pereira – Boa Vista
Profª Conceição da Costa e Silva – Boa Vista
Profª Wanda David Aguiar – Boa Vista
Maria Mariselma de Oliveira Cruz – Mucajaí
João Rogélio Schuertz – Caracaraí
Profª Antônia Tavares da Silva – Rorainópolis
Tenente João de Azevedo Cruz – Rorainópolis
Cícero Vieira Neto – Pacaraima
Aldebaro José Alcântara – Bonfim
Desembargador Sadoc Pereira – Alto Alegre
Dom Pedro II – Iracema
João Rodrigues da Silva – São Luiz
Professor Camilo Dias – Boa Vista
Maria Sônia de Brito Oliva – Boa Vista
Presidente Tancredo Neves – Boa Vista
Senador Hélio da Costa Campos – Boa Vista
Nova Esperança – Mucajaí
Ovidio Dias de Souza – Amajari
Vitória Mota Cruz – Boa Vista
Jose Aureliano da Costa – Cantá
Mariano Vieira – Normandia
Carlos Drumond de Andrade – Boa Vista
Prof° Carlo Casadio – Boa Vista
Prof° Severino Congalo Gomes Cavalcante – Boa Vista
Fernando Grangeiro de Menezes – Boa Vista
CEL PM Derly Luiz Vieira Borges (Colégio Militar) – Boa Vista
Em junho do ano passado, o governo de Roraima quase dobrou o número de escolas com ensino militarizado e ampliou de 18 para 33 o total de unidades com o modelo de educação no estado. À época, a medida foi criticada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter).
No método os estudantes têm aulas das disciplinas da base nacional comum atreladas à doutrina militar. O modelo foi adotado em 2016, ainda durante a gestão da ex-governadora Suely Campos, e ampliado na primeira gestão do governador Antonio Denarium (PP).
Fim do modelo militarizado
A decisão de encerrar o Pecim, criado em 2019, é do governo federal. A decisão foi informada aos secretários de Educação de todo o país por meio de um ofício, revelado pelo Estadão e obtido pelo g1.
🗂️O programa de escolas cívico-militares estipulava transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. O formato propunha uma divisão das gestões administrativa e pedagógica das escolas, na qual a parte pedagógica continuava nas mãos de educadores civis, mas a gestão administrativa passava para os militares.
A decisão conjunta do Ministério da Educação e do Ministério da Defesa dá fim ao que era uma das prioridades do governo na gestão Bolsonaro.
De acordo com o documento, haverá:
desmobilização do pessoal das Forças Armadas dos colégios;
adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade.
Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

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