Novas prisões aconteceram na região de Homoxi, dentro do maior território indígena do Brasil. Prisões aconteceram durante a operação Ágata Fronteira Norte. Garimpeiros presos na Terra Indígena Yanomami são transportados para Boa Vista.
Divulgação/Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte
Dez garimpeiros ilegais foram presos após se entregarem aos militares da Operação Ágata Fronteira Norte, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Os invasores foram presos na região de Homoxi e transportados para Base Aérea de Boa Vista. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (24).
De acordo com as Forças Armadas, as prisões começaram no domingo (23), quando dois homens e duas mulheres solicitaram ajuda por não terem condições de seguir outros garimpeiros em fuga, após ação realizada na área.
Na segunda, por volta das 10h, mais seis pessoas se dirigiram à base da Operação Homoxi e se renderam. Os garimpeiros informaram que, após a última ação das Forças Armadas, não restou garimpos ativos na região.
Os dez garimpeiros foram transportados para Boa Vista em duas aeronaves. Em seguida, foram levados para a sede da Polícia Federal na capital.
Desde o início deste ano, as Forças Armadas apoiaram e efetuaram a prisão e o transporte de 87 garimpeiros ilegais da Terra Indígena Yanomami para Boa Vista. A operação Ágata Fronteira Norte é uma operação interagências coordenada entre Órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas.
Garimpeiros e agentes da Polícia Federal na Base Aérea de Boa Vista, em Roraima.
Divulgação/Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte
Terra Yanomami
Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.
Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
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Dez garimpeiros se entregam à militares e são presos na Terra Indígena Yanomami
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