Boa Vista decreta situação de emergência por aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave e lotação de leitos de UTI


Problema também ocorre devido ao aumento do atendimento no Hospital da Criança Santo Antônio. Medida foi publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (28). Prefeitura apontou alta ocupação de leitos da UTI do Hospital da Criança Santo Antonio.
G1 RR/Arquivo
A prefeitura de Boa Vista decretou situação de emergência em saúde pública devido o aumento de atendimentos médicos nas unidades de saúde municipais e a alta taxa de ocupação de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, trauma e dos leitos clínicos. A medida, assinada pelo prefeito Arthur Henrique (MDB) foi publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (28).
De acordo com o decreto, a medida ocorre devido o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), atendidos nas unidades municipais. Além disso, destacou os motivos:
taxas elevadas da grave crise de saúde ocasionada pelo aumento de atendimentos nas unidades básicas de saúde decorrente do crescimento do fluxo migratório venezuelano;
aumento do atendimento no Hospital da Criança Santo Antônio;
aumento sem precedentes de atendimento às crianças indígenas Yanomami e estrangeiras, que vem impactando no serviço de saúde.
De acordo com a prefeitura, a secretária municipal de Saúde, Regiane Matos, está em Brasília e deve tratar de questões relacionadas a saúde municipal com representantes do Ministério da Saúde (MS0.
“Estou em Brasília, no Ministério da Saúde, para tratar de questões relacionadas a saúde municipal e, principalmente, do momento em que estamos vivendo. Estive com o secretário nacional de Atenção Especializada, doutor Helvécio Miranda, que prontamente se posicionou e recomendou o decreto de emergência em saúde pública em Boa vista. Com isso, a ação permite tomar medidas imediatas, com menos burocracia, como compras e contratações de emergência”, explicou.
A prefeitura de Boa Vista é responsável por mais de 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, administra o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), o único hospital para o público infantil de Roraima.
O Santo Antônio atende crianças até 13 anos de todos os 15 municípios do estado. A unidade de saúde, que realiza procedimentos de média e alta complexidade, também costuma receber pacientes da Guiana e Venezuela, países que fazem fronteira com o Brasil.
“Em 2023 já foram realizados mais de 80 mil atendimentos de emergência no Hospital da Criança Santo Antônio e esses números crescem diante do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, disse a prefeitura.
Segundo a prefeitura, a crise migratória venezuelana tem impactado os serviços no Hospital da Criança. Em 2021, a unidade de saúde registrou atendimentos 11.707 a venezuelanos. No ano seguinte, em 2022, o número subiu para 13.550 — 1.843 atendimentos a mais.
De janeiro até abril deste ano, o Hospital da Criança Santo Antônio já atendeu 5.191 migrantes. Além disso, a prefeitura destacou o atendimento a crianças indígenas.
Com o decreto de emergência de saúde na Terra Indígena Yanomami, o único hospital infantil de Roraima recebeu indígenas com quadros de desnutrição severa e malária. A unidade atendeu mais de 300 Yanomami.
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