Macaxeira de mais de 2 metros e quase 40 kg é colhida por casal de agricultores no interior de RR


Raiz também conhecida como mandioca ou aipim foi colhida em um sítio do município de Bonfim, região ao Norte do estado. Raiz é quase nove vezes maior e oito vezes mais pesada que a maioria. Macaxeira de 2,62 metros e quase 40 kg foi colhida no município de Bonfim, Norte de Roraima.
Arquivo pessoal
Uma macaxeira gigante de 2,62 metros de comprimento e 38,2 kg foi colhida por um casal de agricultores em um sítio localizado no Bonfim, município ao Norte de Roraima. A colheita da raiz, conhecida também como mandioca ou aipim, foi feita por Luciano de Senna Araújo, de 58 anos, e a esposa dele, Josileide Conceição Sousa, de 55 anos. “Ficamos muito surpresos com o tamanho dela”.
A macaxeira não foi cultivada e cresceu por acaso em um plantio de melancia na propriedade, segundo Luciano, que é mais conhecido como Lourão. Ele acredita que a adubação da terra favoreceu o crescimento da raiz.
No sítio, a macaxeira gigante colhida pelo casal é quase nove vezes maior do que a maioria das raízes do mesmo tipo. Além disso, é oito vezes mais pesada que a maioria delas, que costumam ter de 2 a 5 kg.
“A gente tem uma criação de peixe e um dia eu levei um talo de mandioca para dar aos peixes. Eu tirei a mandioca, dei para os peixes e essa rama ficou lá. Eu tinha um plantio de melancia, que a terra é preparada para o cultivo, [a rama] ficou do lado dele e começou a crescer”, explicou ele.
Lourão e Josileide vivem a cerca de 17 anos na região e, de acordo com eles, essa foi a primeira vez que viram uma raiz tão grande. Por conta da altura do solo, eles suspeitaram que ela seria maior do que a média, mas ficaram surpresos com os mais de 2 metros de cumprimento.
“Nós estávamos desconfiados porque a terra estava subindo muito. Mas, jamais, nunca pensamos que chegaria a esse tamanho. Ficamos muito surpresos com o tamanho da macaxeira”, afirmou a mulher.
Josileide Conceição (segunda da direita para a esquerda) e amigas após a colheita da macaxeira, em Roraima.
Arquivo pessoal
A colheita aconteceu na sexta-feira (5) e chamou a atenção de várias pessoas após vídeos do momento serem divulgados nas redes sociais.
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Conforme a agricultora, a macaxeira foi corta e um dos pedaços foi vendido em uma feirinha da região, no km 58 da BR-401. A outra metade deve ser transformada na tradicional farinha amarela.
Segundo o doutor em agronomia e pesquisador da Universidade Federal de Roraima (UFRR), José de Anchieta Albuquerque, a média colhida em plantações é de tubérculos com o tamanho de 20 a 30 centímetros. Em cada pé de mandioca, se encontra em torno de 4 a 12 raízes.
Para o pesquisador, muitas fatores podem ter influenciado o desenvolvimento do tubérculo como o tempo de cultivo, as ótimas condições nutricionais, umidade e o solo adequado, que deve ser areno-argiloso. Há também a influência de uma variação genética.
Ele afirma que não há problemas em consumir o produto já que a macaxeira é um dos melhores alimentos energéticos. No entanto, por conta do tamanho, ela é fibrosa e vai ser difícil de ser cozinhada.
“A raiz apresenta um elevado valor nutricional pois contém cálcio, magnésio, fósforo, potássio e vitamina C. É uma rica fonte de calorias e carboidratos. Vários estudiosos recomendam que raízes de macaxeira passem a fazer parte de planos alimentares, substituindo outras fontes de carboidrato como batata, arroz e macarrão”, ressaltou o especialista.
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