Gesto de Elon Musk é criticado por autoridades europeias

Elon Musk cumprimenta o público na Capital One Arena de Washington, em 20 de janeiro de 2025ANGELA WEISS

Diversas autoridades da Europa expressaram repúdio, nesta terça-feira (21),  ao gesto feito pelo bilionário Elon Musk durante a posse de Donald Trump. O cumprimento, realizado no evento da última segunda-feira, gerou comparações nas redes sociais à saudação nazista.

Entre os críticos está o chanceler alemão Olaf Scholz, que comentou o ocorrido durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Scholz reforçou que, apesar da liberdade de expressão, certas posturas não podem ser toleradas.

“Temos liberdade de expressão na Europa e na Alemanha. Todos podem dizer o que quiserem, mesmo que sejam bilionários. O que não aceitamos é que isso seja usado para apoiar posições de extrema direita”, declarou Scholz.

Em resposta às críticas, Musk recorreu ao X, rede social que adquiriu em 2022, para ironizar a situação. “Que vergonha, Oaf Schitz”, escreveu, errando intencionalmente o nome do chanceler. Musk já havia utilizado o termo pejorativo anteriormente.

O bilionário é um apoiador declarado do partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha), que disputará as eleições federais em fevereiro. Ele já afirmou que acredita na derrota de Scholz no pleito.

Ministra espanhola abandona o X após comentários de Musk

A ministra do Trabalho e vice-primeira-ministra da Espanha, Yolanda Diaz, anunciou sua saída do X nesta terça-feira. A decisão veio após os comentários de Musk durante o evento de Trump.

“Não apenas com seus gestos, mas com os discursos absolutamente complicados que ele está fazendo”, disse Diaz em entrevista à emissora estatal TVE, conforme reportado pela agência Reuters. 

“Decidi que não farei parte de uma rede social que utiliza algoritmos para incentivar ideias xenófobas, contrárias aos direitos humanos e que promovem a extrema direita no mundo”, acrescentou a ministra.

O governo espanhol, por sua vez, informou que a decisão de Diaz foi pessoal, e que os ministros têm liberdade para escolher as redes sociais que desejam utilizar.

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