A oposição em Israel pediu nesta terça-feira (21) a renúncia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após o chefe do Estado-Maior das IDF (Forças de Defesa de Israel), Tenente-General Herzi Halevi,anunciar que deixará o cargo em 6 de março de 2025.
A saída de Halevi ocorre em meio a críticas sobre falhas das forças militares no ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Halevi assumiu a responsabilidade pelas falhas que resultaram na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 indivíduos, a maioria civis.
O general também será responsável por supervisionar investigações relacionadas ao ataque até sua saída oficial. Parlamentares de oposição consideram que Netanyahu e outros membros do governo deveriam fazer o mesmo.
A renúncia de Halevi foi acompanhada por elogios e críticas. O presidente Isaac Herzog reconheceu sua liderança nos combates e sua dedicação à segurança nacional.
Benny Gantz, ministro da Unidade Nacional, descreveu o general como um “guerreiro” que lutou pelo país.
Além de Halevi, o chefe do Comando Sul da IDF, Major-General Yaron Finkelman, também anunciou sua renúncia, juntando-se a outros altos oficiais, como Aharon Haliva e Avi Rosenfeld, que deixaram seus cargos após o ataque.
Netanyahu, por sua vez, agradeceu pelos anos de serviço de Halevi, mas rejeitou os pedidos para deixar o governo.
A oposição argumenta que o governo não assumiu responsabilidade suficiente pelas falhas na resposta ao ataque do Hamas.
Herzog defendeu a formação de uma comissão estatal de inquérito para apurar os fatos e restaurar a confiança entre o governo e a população.
Enquanto isso, líderes como Itamar Ben Gvir saudaram a saída de Halevi, esperando que um oficial mais agressivo assuma o comando.
Outros, como Bezalel Smotrich, elogiaram as realizações do general, mas criticaram sua atuação contra o Hamas.