PF mira esquema de superfaturamento em contrato de fornecimento de oxigênio para saúde Yanomami


Empresa contratada para fornecer oxigênio ao povo Yanomami recebeu quase 90% do valor do contrato, mas não entregou serviço, afirma a Polícia Federal. São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Boa Vista
Divulgação/Polícia Federal/Arquivo
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (6), a Operação Hipóxia para apurar suspeita de superfaturamento na execução de um contrato para serviços de recarga de oxigênio ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).

Há indícios, segundo a PF, de direcionamento do resultado do certame, bem como atesto de notas fiscais fraudulentas. De acordo com as investigações, a suspeita é de que 89,89% do valor pago pelos oxigênios à empresa vencedora não tenha sido entregue ao órgão indigenista.

A operação cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Boa Vista. As ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal Criminal em Roraima.

A operação ocorre em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Ministério Público Federal (MPF).

As investigações iniciaram a partir de uma denúncia recebida pelo MPF. Com o apoio da CGU, foram identificadas várias irregularidades em uma contratação de serviços de recarga de oxigênio destinado ao povo Yanomami.

Operação Hipóxia – o nome da operação faz referência ao sintoma clínico caraterizado pela deficiência no fornecimento de oxigénio às células.

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