Aeroporto Atlas Cantanhede passa por reforma geral desde maio deste ano. A diretora presidente da concessionária dos aeroportos da Amazônia, Karen Strougo, disse que os atrasos e cancelamentos de voo não estão relacionados às obras. A empresa Vinci Airports inaugura área de embarque provisória no Aeroporto de Boa Vista
Caíque Rodrigues/g1 RR
A empresa Vinci Airports, que é responsável pelo Aeroporto de Boa Vista, disse em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24), que atrasos e cancelamentos de voos “fazem do dia a dia da programação das companhias da aéreas”. O aeroporto passa por reforma desde maio deste ano e desde o último fim de semana as companhias têm atrasado e cancelado voos, segundo passageiros.
A Vinci Airports disse ainda que companhias fazem parte do planejamento das obras no aeroporto há mais de dois anos e, juntamente com as construtoras, a administração busca separar em fases o trabalho para poder impactar “o mínimo possível”.
De acordo com a diretora presidente da concessionária dos aeroportos da Amazônia, Karen Strougo, a pista do aeroporto Atlas Cantanhede está operando com 1580 metros e os cancelamentos e atrasos não são relacionados às obras.
“[A pista do Aeroporto de Boa Vista] é inclusive maior que muitos aeroportos que operam com muito mais movimentos no Brasil. Nós temos uma pista com tamanho para operar com tranquilidade, com segurança independente do trabalho das obras. O cancelamento de voos faz parte do dia a dia da programação das companhias da aéreas”, disse ao g1.
No último domingo, passageiros do aeroporto tiveram as viagens canceladas devido à pista molhada. Na ocasião, a companhia aérea Azul, que cancelou um dos voos, informou que devido às obras no aeroporto que diminuem o comprimento da pista, “por medida de segurança os pousos ou decolagens com a pista molhada estão proibidos”.
O aeroporto passa por reformas gerais com investimento no valor de mais de R$ 1,2 bilhão. De acordo com Karen, tudo está planejado para que não haja problemas aos passageiros durante as obras. Nesta quinta-feira (24) uma sala de embarque provisória maior do que a anterior foi inaugurada e será usada enquanto a reforma não é concluída.
A empresa Vinci Airports começou as obras no aeroport Atlas Cantanhede em maio de 2023
Caíque Rodrigues/g1 RR
“Hoje estamos anunciando a mudança do salão de embarque 50% maior que a anterior. Hoje a praça de alimentação está fechada, pois vamos fazer a remodelagem completa dela, nós estamos abrindo uma pequena operação do lado público e outra na sala de embarque temporária para poder acomodar o passageiro enquanto estamos fazendo essas obras. Nós vamos buscar o melhor para evitar qualquer transtorno nesse período”, disse.
A diretora presidente da concessionária dos aeroportos da Amazônia também confirmou que os tuneis de embarque do aeroporto serão demolidos e não serão reconstruídos.
“Nós estamos remodelando todos os acessos, agora o túnel será demolido para fazer a expansão do aeroporto, serão feitos novos acessos das aeronaves através de quatro portões que vão estar começando no local onde os aviões pousam hoje”.
A previsão é que as obras do aeroporto sejam concluídas e entregues em outubro de 2024. A reforma inclui ainda a ampliação do sistema de manuseio de bagagem, remodelação da praça de alimentação e quatro novos portões de embarque.
“Vamos ter uma ampliação da área de embarque, tudo será mudado. A praça de alimentação também completamente remodelada isso tudo nós esperamos entregar em outubro do ano que vem, que é o compromisso final da consecionária para terminar todas as intervenções no aeroporto e entregá-lo completo”.
Também estão previstas melhorias no sistema de ar condicionado e iluminação do estacionamento de veículos. A ampliação tem “o objetivo de tornar as operações mais eficientes, permitir melhor fluxo e melhorar a experiência aeroportuária dos passageiros”, segundo a empresa.
Aeroporto Internacional de Boa Vista Atlas Brasil Cantanhede
Alan Chaves/G1 RR/Arquivo
A administração do local passou a ser da Vinci Airports porque, em abril de 2021, a empresa arrematou o bloco de sete terminais na região Norte em um leilão do Ministério da Infraestrutura. Desde fevereiro do ano passado que a empresa francesa administra o aeroporto.
As obras ocorrem devido ao consórcio formado pelas empresas Teixeira Duarte Engenharia e Construções S.A, Alves Ribeiro S.A do Brasil e Actemium (VINCI Energies), todas com larga experiência em projetos de infraestruturas, incluindo o aeroporto de Lisboa, também operado pela VINCI Aeroportos.
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