Primeira-dama de São Luiz é investigada pelo MP por suspeita de receber sem trabalhar na Assembleia Legislativa de RR

Ministério Público de Roraima instaurou inquérito civil público para apurar o caso. À época em que foi nomeada, em outubro de 2019, primeira-dama recebia R$ 5,1 mil. Paula Florintino ao lado do esposo, o prefeito de São Luiz, James Batista
Reprodução/Instagram/James Batista
A primeira-dama do município de São Luiz, Paula Florintino, esposa do prefeito James Batista (Solidariedade), é investigada pelo Ministério Público de Roraima por suspeita de receber sem trabalhar na Assembleia Legislativa de Roraima. O inquérito civil público foi aberto nesta segunda-feira (7).
Paula Florintino, segundo denúncias recebidas pelo MPRR, foi nomeada em outubro de 2019 para “ocupar o cargo comissionado de assessora parlamentar Administrativa na Assembleia Legislativa de Roraima, sem, porém, trabalhar na função, pois permanece na cidade de São Luiz/RR”. Desta forma, o órgão apura se ela praticou o crime de improbidade administrativa.
A folha de pagamento da Assembleia em novembro de 2019, um mês após a nomeação de Paula, aponta que a mulher recebia R$ 5,1 mil. Um ano depois, em dezembro de 2020, ela passou a receber R$ 4,9 mil. Não há informações atualizadas sobre o salário dela.
O g1 tentou contato com o prefeito e aguarda o retorno. A reportagem também pediu dele o contato da primeira-dama para conversar sobre o assunto, mas o pedido ainda não foi atendido. Paula ainda não respondeu as mensagens enviada pelo g1 por meio do Instargram.
A Assembleia Legislativa também foi questionada sobre a suspeita do MP e aguarda retorno.
São Luiz é a menor cidade de Roraima, com 7.315 habitantes. A cidade é a mesma onde aconteceria o show do cantor Gusttavo Lima, contratado por R$ 800 mil, na 24ª vaquejada do município. O evento foi cancelado após o Ministério Público de Roraima entrar com uma ação na Justiça pedindo o cancelamento dos contratos das atrações nacionais.
Outras denúncias
O Ministério Público de Roraima também apura denúncias do projeto municipal “Jovem da Terceira Idade”. Segundo o MP, verbas públicas teriam sido usadas com viagens para idosos dançarem em outros estados do país e para o custeio de passagens e estadia de pessoas ligadas ao prefeito, que não são idosas, como secretários, vice-prefeito e respectivas famílias.
Além disso, apura que uma empresa foi contratada pela Secretaria Municipal de Ação Social por R$ 529.380,00 para fornecer cestas básicas à população carente. No entanto, a prefeitura do município teria feito a distribuição na cidade, apesar da emissão de notas fiscais em nome da empresa.
A reportagem também solicitou posicionamento do prefeito sobre as denúncias e aguarda o retorno.
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