Forças Armadas encontram menina de 2 anos acompanhada da mãe em área de garimpo na Terra Yanomami


As duas e outros seis garimpeiros estavam em Palimiú e foram trazidos para Boa Vista nessa quarta-feira (2). Prisões aconteceram durante a operação Ágata Fronteira Norte. Elas foram trazidas para Boa Vista
Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte/Divulgação
As Forças Armadas encontraram uma menina de 2 anos acompanhada da mãe em uma área de garimpo, na região de Palimiú, na Terra Indígena Yanomami. As duas e outros seis garimpeiros foram trazidos para Boa Vista nessa quarta-feira (2).
A criança não foi apreendida, mas permaneceu junto à mãe, segundo a assessoria da operação Ágata Fronteira Norte, das Forças Armadas. Todos foram transportados e conduzidos até a sede da Superintendência da Polícia Federal, na capital.
Procurada para saber quais os procedimentos adotados, a PF ainda não se pronunciou. Na terça-feira (1º) outro garimpeiro se entregou às Forças Armadas, com isso a operação totalizou 119 detidos desde o dia 6 de fevereiro.
Palimiú, onde os garimpeiros e a criança foi encontrada, é uma comunidade localizada às margens do rio Uraricoera, região usada pelos invasores para acessar os acampamentos no meio da floresta. A Terra Yanomami é o maior território indígena do país em extensão territorial e há décadas é alvo de exploradores ilegais que buscam ouro, cassiterita e outros minérios.
As desintrusões da Terra Indígena Yanomami são realizadas em conjunto com a Polícia Federal, a Funai e o Ibama, no contexto da Operação Ágata Fronteira Norte.
Menina e a mãe foram trazidas para Boa Vista
Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte/Divulgação
Terra Yanomami
Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.
Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.
Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.
A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
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