Familiares reclamam de buracos e mau cheiro em túmulos de cemitério na zona Oeste Boa Vista


Irmãos contam que não conseguiram prolongar enterro da mãe devido ao forte odor no cemitério. Dono do local afirma que administração vai verificar situação. Denúncia sobre condições de um cemitério particular na capital
Familiares que tem parente enterrado no cemitério particular do bairro Centenário, na zona Oeste de Boa Vista, reclamam que o espaço está com mau cheiro e erosões em túmulos recém construídos. A Rede Amazônica exibiu o problema nessa terça-feira (20) no Jornal de Roraima 1ª edição.
A aposentada Damiana Bezerra contou à reportagem que ela, familiares e amigos notaram o mau cheiro durante o enterro da mãe, no último dia 9 de julho. Enquanto prestaram à última homenagem, ele perceberam o odor, mas não identificaram a origem.
“Senti algo diferente, todo mundo sentiu algo diferente, porque antes da gente chegar e entrar naquela galeria de caixaria, a gente foi sentindo um odor horrível, olhava de um lado pro outro, e não sabia de onde vinha”.
Chuva abre buracos em túmulos no cemitério particular
Arquivo Pessoal
Depois, ela contou ter percebido que a terra tinha cedido e havia buracos ao redor de alguns túmulos.
“Ali foi um local que foi aterrado, a chuva veio, não foi bem compactado, e deixou as caixarias expostas. E se as caixarias estão expostas é porque elas não foram bem encaixadas”, pontuou.
À Rede Amazônica, o proprietário do cemitério disse que os buracos envolta dos túmulos se formaram por conta das chuvas. Em relação ao mau cheiro, a equipe de administração do local vai verificar o problema.
Buracos foram abertos devido as chuvas
Arquivo Pessoal
Com o mau cheiro e os buracos entre os túmulos, Damiana conta que não consegui dar a despedida digna para a mãe, pois o odor gerou muito incômodo entre os presentes.
“Não teve clima para fazer uma despedida digna, uma oração. E foi muito triste pra gente. Não consegui dormir direito na primeira noite do sepultamento dela, porque eu nunca imaginei deixar a minha mãe num local daquele”, disse a aposentada.
O estudante de Comunicação Social, Jacildo Bezerra, irmão de Damiana, também fez um relato parecido com o da irmã e enviou ao g1.
“Não é admissível que a gente, em um momento de dor, no momento da perda de um parente, a gente tenha que passar por esse tipo de constrangimento. A família não pode nem se aproximar do jazigo onde estava sendo sepultada a nossa mãe por conta dessa condição, era um cheiro insuportável”, lembrou.

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